A gente passa boa parte da vida procurando ocupações... preenchendo nosso tempo com coisas que justifiquem e dêem sentido à nossa existência.
Mas, é muitas vezes no intervalo entre uma ocupação e outra, entre uma coisa séria e útil e outra, que a gente se reconhece vivendo o que temos de melhor. Porque o melhor da vida é descobrir um prazer incrível em uma música velha perdida no computador, e dançar enlouquecidamente consigo mesma, e ver o próprio sorriso se abrir e ter a certeza de que nada nem ninguém pode entender completamente este momento, mas que isso não importa, já que nada nem ninguém pode entender exatamente o que existe dentro do nosso peito e de nossa cabeça, e que às vezes precisamos deste tempo para poder, sem querer, sem planejar, cair dentro de nós mesmos e mergulhar sozinhos no mais incrível vazio de explicações e limites, mas numa imensidão do maior significado que pode existir.
E saber que quem tem isso tem tudo, e que todas as atitudes, baladas, corpos, futuros, cabem neste universo particular invisível aos outros, mas totalmente e absolutamente completo e auto-sustentável.
Às vezes o que a gente precisa é simplesmente fechar a porta de casa, fechar as portas que permitem que outras pessoas invadam nossa vida, ligar o som bem alto para apagar o som do mundo exterior e abrir a mente, os ouvidos, o coração para o mundo que existe dentro de nós, e que é só nosso, e tão incrivelmente nosso, e entender que tudo faz sentido e nenhuma falsa felicidade mais é necessária quando se existe esta possibilidade tão mágica.
"- Escrever não é falar. - Não? Qual a diferença? - É exactamente o oposto. Escrever é usar as palavras que se guardam. Se tu falares de mais, já não escreves, porque não te resta nada para dizer". (No Teu Deserto, Miguel Sousa Tavares)
quinta-feira, julho 27, 2006
sábado, julho 22, 2006
We try harder
Eu, ás vezes, sinto vontade de ser uma pessoa melhor.
Não exatamente um outra pessoa melhor, mas sim o meu melhor.
Não é uma questão de competitividade, não é aquele “mais que o possível” pregado pelas empresas aos seus funcionários.
É um melhor que deve vir de dentro, uma excelência de caráter, que trancenda o espiritual e se reflita nos meus olhos, na minha pele, na minha pessoa inteira.
Eu às vezes sinto que poderia ser tão mais, e que em alguns momentos fui tão, mas tão menos do que poderia ter sido, que isto me trás um misto de insegurança, culpa e raiva.
Insegurança porque dá medo de não conseguir ser tão “legal” quanto se pode ser, tão gentil, tão interessante, tão bonita e admirável.
Culpa por ter vivido situações desagradáveis e proporcionado tristeza a outras pessoas.
Raiva por ter passado por momentos ruins, por ter sido o meu pior em alguns momentos.
O Nick Hornby tem um livro chamado “How to be nice”, que discute algo mais ou menos assim: como ser legal? o que é ser legal, enfim?
Talvez ser legal seja ser do jeito que a gente se sinta bem consigo mesmo. Mas, será que dá pra se sentir bem consigo mesmo se os outros se sentirem mal com a gente? Por que às vezes a gente tem que fazer os outros se sentirem mal para poder a gente mesmo se sentir bem?
Será que todo mundo vai ser feliz no final? O quão longe fica o final? O que será que dá pra gente fazer para que os outros também se sintam bem, e aí gente se sinta ainda melhor por ter feito os outros se sentirem bem? Por que algumas pessoas são mais queridas do que outras simplesmente porque são? Será que o caráter bonito é mesmo inato? Como faz pra nascer de novo com um caráter lindo?
Não exatamente um outra pessoa melhor, mas sim o meu melhor.
Não é uma questão de competitividade, não é aquele “mais que o possível” pregado pelas empresas aos seus funcionários.
É um melhor que deve vir de dentro, uma excelência de caráter, que trancenda o espiritual e se reflita nos meus olhos, na minha pele, na minha pessoa inteira.
Eu às vezes sinto que poderia ser tão mais, e que em alguns momentos fui tão, mas tão menos do que poderia ter sido, que isto me trás um misto de insegurança, culpa e raiva.
Insegurança porque dá medo de não conseguir ser tão “legal” quanto se pode ser, tão gentil, tão interessante, tão bonita e admirável.
Culpa por ter vivido situações desagradáveis e proporcionado tristeza a outras pessoas.
Raiva por ter passado por momentos ruins, por ter sido o meu pior em alguns momentos.
O Nick Hornby tem um livro chamado “How to be nice”, que discute algo mais ou menos assim: como ser legal? o que é ser legal, enfim?
Talvez ser legal seja ser do jeito que a gente se sinta bem consigo mesmo. Mas, será que dá pra se sentir bem consigo mesmo se os outros se sentirem mal com a gente? Por que às vezes a gente tem que fazer os outros se sentirem mal para poder a gente mesmo se sentir bem?
Será que todo mundo vai ser feliz no final? O quão longe fica o final? O que será que dá pra gente fazer para que os outros também se sintam bem, e aí gente se sinta ainda melhor por ter feito os outros se sentirem bem? Por que algumas pessoas são mais queridas do que outras simplesmente porque são? Será que o caráter bonito é mesmo inato? Como faz pra nascer de novo com um caráter lindo?
sexta-feira, julho 21, 2006
Eu apenas queria que você soubesse
* Gonzaguinha
Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria
ainda está comigo
E que a minha ternura
não ficou na estrada
não ficou no tempo
presa na poeira
Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina
hoje é uma mulher
E que esta mulher
é uma menina
que colheu seu fruto
flor do seu carinho
Eu apenas queria dizer
a todo mundo que me gosta
que hoje eu me gosto muito mais
porque me entendo
muito mais também
E que a atitude de recomeçar
É todo dia, toda hora
É se respeitar na sua força e fé
Se olhar bem fundo
até o dedão do pé
Eu apenas queria que você soubesse
Que essa criança
brinca nessa roda
E não teme os cortes
das novas feridas
pois tem a saúde
que aprendeu com a vida
:)
Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria
ainda está comigo
E que a minha ternura
não ficou na estrada
não ficou no tempo
presa na poeira
Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina
hoje é uma mulher
E que esta mulher
é uma menina
que colheu seu fruto
flor do seu carinho
Eu apenas queria dizer
a todo mundo que me gosta
que hoje eu me gosto muito mais
porque me entendo
muito mais também
E que a atitude de recomeçar
É todo dia, toda hora
É se respeitar na sua força e fé
Se olhar bem fundo
até o dedão do pé
Eu apenas queria que você soubesse
Que essa criança
brinca nessa roda
E não teme os cortes
das novas feridas
pois tem a saúde
que aprendeu com a vida
:)
segunda-feira, julho 17, 2006
O que é meu é meu, o que é seu é nosso !?
Vai pensando que o que é meu é seu...
Não me importo em dividir... já precisei tanto que dividissem comigo.
Mas não gostaria que você pensasse que realmente é seu... pois isso lhe faria abrir mão do que de fato lhe pertence.
Eu não abro mão do que é meu, e sei o quanto essa luta vale a pena...
Não me importo em dividir... já precisei tanto que dividissem comigo.
Mas não gostaria que você pensasse que realmente é seu... pois isso lhe faria abrir mão do que de fato lhe pertence.
Eu não abro mão do que é meu, e sei o quanto essa luta vale a pena...
sexta-feira, julho 14, 2006
Ah, deixa prá lá!
Odeio ter que dizer isso, mas no mundo tem mais bizarrices e gente mal resolvida do que a gente imagina... e às vezes, sem querer, a gente pode incomodar muito mais do que pensa que é capaz...
Infelizmente tem quem corra atrás de suas alegrias e realizações... e quem fique assistindo e sofrendo pela felicidade dos outros.
É triste!
Mas, quer saber, tenho mais com que me preocupar!!!!!!
Infelizmente tem quem corra atrás de suas alegrias e realizações... e quem fique assistindo e sofrendo pela felicidade dos outros.
É triste!
Mas, quer saber, tenho mais com que me preocupar!!!!!!
quarta-feira, julho 12, 2006
Fill in the blanks
Outro dia ouvi uma teoria banal, mas com a qual concordei plenamente. “A vida é um grande vazio, que a gente preenche com tudo o que faz”. E, se a gente parar para pensar, é isso mesmo. Oficialmente, não nascemos com metas a serem cumpridas. Tirando nossas necessidades vitais, o resto é escolha. É eu quero isso e não aquilo ou isso me agrada mais do que aquilo.
Tudo o que nos é dado quando nascemos é um grande espaço entre a vida e a morte, um tapinha na bunda e infinitas possibilidades de escolhas a serem feitas.
Quando alguém escolhe por nós, tudo fica mais fácil. E muito mais chato também. Ainda há os muitos que acreditam que a vida só faz sentido dentro de um determinado modelo pré-estabelecido (casamento, profissão, filhos), mas definitivamente eu não! Minha única missão, minha única obrigação, é aprender a jogar o jogo das escolhas e preencher minha vida com coisas saudáveis e divertidas. E ver o tempo passando e o jogo ficando mais desafiador, mais estratégico, mais definitivo.
Tudo o que nos é dado quando nascemos é um grande espaço entre a vida e a morte, um tapinha na bunda e infinitas possibilidades de escolhas a serem feitas.
Quando alguém escolhe por nós, tudo fica mais fácil. E muito mais chato também. Ainda há os muitos que acreditam que a vida só faz sentido dentro de um determinado modelo pré-estabelecido (casamento, profissão, filhos), mas definitivamente eu não! Minha única missão, minha única obrigação, é aprender a jogar o jogo das escolhas e preencher minha vida com coisas saudáveis e divertidas. E ver o tempo passando e o jogo ficando mais desafiador, mais estratégico, mais definitivo.
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