"- Escrever não é falar. - Não? Qual a diferença? - É exactamente o oposto. Escrever é usar as palavras que se guardam. Se tu falares de mais, já não escreves, porque não te resta nada para dizer". (No Teu Deserto, Miguel Sousa Tavares)
segunda-feira, dezembro 27, 2010
Alegria agora...
segunda-feira, dezembro 20, 2010
2011
Como de costume, prometo não prometer nada, economizando esforços para focar no que me faz bem, em quem me faz bem e no que realmente importa.
De um jeito ou de outro, a gente sempre espera mais saúde, mais alegria, mais motivos prá sorrir com mais frequência e mais intensidade.
Não importa o que a gente mentalize, invariavelmente esperamos um novo ano com mais amor e mais risadas espontâneas.
Desta forma, eu insisto em meus planos de não prometer, mas sim agir para que tudo isso venha em dobro, para mim e para vocês, permitindo assim à gente ser cada vez mais a gente, cada vez mais por inteiro, ano após ano, rumo aos primeiros 30 anos da minha vida...
quarta-feira, outubro 27, 2010
sexta-feira, outubro 22, 2010
A vida é assim...
sexta-feira, outubro 15, 2010
Mergulho
quarta-feira, outubro 13, 2010
Intelecto
Hoje penso se já não me tornei uma delas. Se ainda não, é provável que esteja no caminho, e que em breve nem isto me assuste mais.
terça-feira, julho 06, 2010
"O que você faz com o seu vazio, com que preenche?"
Existem diversas formas de nos sentirmos mais realizados.
Trabalho, amor, viagens, compras, amigos...
A vida é um grande vazio que preenchemos com nossas ações e escolhas.
Mas uma verdade recorrentemente me faz pensar: nada nos completa totalmente. Podemos ser por inteiro, viver intensamente, mas algo sempre estará faltando.
E este algo não é um outro alguém, não é um objeto, nem um filme, nem um livro.
Eu não sei o que é.
Mas sei que, na tentativa de ocupar este eterno espaço vazio, trazemos muitas coisas também vazias para a nossa vida.
Coisas e pessoas que nunca deveriam ter entrado entram e diminuem nossa sensação de vazio por um tempo. Mas, quando se vão, não apenas lembramos do quanto este espaço continuava ali, como ainda nos perguntamos por quanto tempo deixamos algo ou alguém participar de nossa vida sem que de fato merecesse, sem que de fato estivesse à altura dos nossos ideais.
Para participar de nossa vida, para preencher nossos vazios ainda que temporariamente, é preciso afinidade e respeito, admiração e desejo.
Ou você pode até aumentar seu vazio, na tentativa de preenchê-lo.
terça-feira, maio 18, 2010
I have a dream...
Mas, às vezes, não basta não ver para não sentir.
É preciso a distância.
De fato, de longe tudo fica menor.
Viajar nada mais é do que dar um passo para fora do nosso mundinho, e dar uma chance pra que você veja sua vida com as dimensões corretas.
Com outras dimensões possíveis.
O mundo é enorme, cheio de pessoas diferentes, lugares inimagináveis, possibilidades infinitas.
Com tanta vida lá fora, por que a gente ainda se prende à pequenez do nosso dia-a-dia?
Nos prendemos a uma vida medíocre, a uma rotina confortável, e nos tornamos nós mesmos medíocres e acomodados.
Viajar não significa ir para longe.
Basta fechar os olhos e lembrar que somos muito pequenos diante da imensidão do universo, mas que podemos ser muito grandes também, dependendo do tamanho da oportunidade que abraçamos.
Afinal, nivelar por baixo é algo que já deixamos prá trás...
quarta-feira, abril 28, 2010
terça-feira, abril 27, 2010
A vida é morna
Preciso de uma rave, muita lama, muita chuva e sol depois.
Renovação, renascimento.
Preciso me cansar até o extremo. Preciso de extremos. Todos.
Chega de morno, chega de mais ou menos.
quinta-feira, abril 22, 2010
O futuro...
E será...
terça-feira, abril 20, 2010
Mario Quintana
segunda-feira, abril 12, 2010
Sentimentos também viajam pelo túnel do tempo
POESIA BOA É A QUE SE ESCREVE CHORANDO
Eu quero alguém que seja lindo, tão lindo que sua beleza não salte aos olhos de qualquer um, mas que se mostre a mim em cada gesto, em cada movimento, em pequenas características que tornem esta beleza um segredo íntimo.
Eu quero alguém que não esteja me procurando, e por quem eu não precise procurar. Mas que quando nossos olhares se cruzarem tenha certeza de que não sou mais uma, e que não tenha medo deste sentimento, e nem tente dominá-lo, e que também não tente convertê-lo em palavras.
Eu desejo alguém que saiba aproveitar cada segundo de felicidade, e que pense no presente muito mais que no futuro. Eu quero alguém que me tire o fôlego, e me faça rir, e ria de mim sem me intimidar, e que me faça gargalhar quando me leva a sério, e eu desejo que haja muita diversão em nossa vida.
Quem eu quero não precisa ser alto, nem baixo, nem gordo, nem magro, mas tem que me ver como a mais linda das mulheres, sabendo que deve cuidar de mim, mas não pode ter medo de me machucar.
Eu desejo alguém que tire o medo da minha vida, e que me abrace forte como a uma criança, mas que nunca me faça sentir frágil.
Quem eu quero precisa de mim, e sua vida nunca mais será a mesma depois de me encontrar, e me amará tanto quanto a si mesmo, e será capaz de mudar tudo por mim, mas não mudará nada, sabendo que eu não desejo a mudança, e sim a complexidade de ser dois, e ser um só.
Meu amor me dirá sempre a verdade, mas não precisará responder a todas as minhas perguntas, e com ele aprenderei a perguntar menos, e a compreender mais.
Se o amor vier, que venha em sua forma mais plena, para que eu possa ser tão feliz quanto sou.
quinta-feira, março 25, 2010
Invadiram meu bolso
Tudo o que sei sobre ela é que estuda no Centro Universitário São Judas Tadeus, retirou um livro no dia 8 de setembro de 2009 e está interessada no desenvolvimento do Brasil desde Getúlio Vargas até Lula.
Como o recibo foi parar lá, eu não sei. Sei que gostamos do mesmo tipo de calças. Ou não. Ela bem pode ter trocado justamente por não ter gostado... vai saber.
segunda-feira, março 22, 2010
Fonte
quinta-feira, março 18, 2010
Música
Há mais de 10 anos eu não ouvia, nem lembrava, da música que agora não sai da minha cabeça. Eu não gosto muito dela, nem ouvi recentemente, mas, de uma hora para outra, ela começou a tocar na minha cabeça e, acreditem, fez todo o sentido para mim...
quarta-feira, março 17, 2010
São como são
Os seus, apenas trejeitos, penduricalhos.
"Eu sou assim e pronto", ele disse. Se quiser gostar de mim, que seja do jeito que sou.
Ela, enlouquecia. Cada gesto, cada palavra, era uma tentativa de tentar agradá-lo, de ser para ele algo que ela não era.
“Não posso mais ficar com você, pois nossas personalidades não combinam”, ele disse.
Confusa, ela já não sabia se era ela que não combinava com ele, ou se era aquela outra, a nova, que tinha nascido após este encontro.
segunda-feira, março 15, 2010
sexta-feira, março 12, 2010
Amar é...
quinta-feira, março 11, 2010
quarta-feira, março 10, 2010
Desejo
Eu quero a cena onde eu possa brilhar,
Um brilho intenso, um desejo, eu quero um beijo
Um beijo imenso onde eu possa me afogar...
terça-feira, março 09, 2010
Sem ensaio
segunda-feira, março 01, 2010
segunda-feira, fevereiro 22, 2010
A influência da TV
Esta noite eu sonhei com a novela. Até aí, nada demais. Não seria a primeira vez que isto acontece. Além disto, eu não seria a primeira que, além de acompanhá-la diariamente, dedica boa parte de seus pensamentos – ainda que noturnos – a lembrar e relembrar a trama.
O problema é que eu não assisto à novela. Desde que vim morar sozinha, há pouco mais de um mês, ainda não comprei uma televisão. O que ia ser um item primordial, o primeiro na lista da fase dois da montagem da casa (a fase um incluiu pintura, armários e cozinha completa), caiu diversas posições na lista de prioridades. Perdeu feio para a máquina de lavar (tenho certeza de que eu e ela seremos grandes amigas), para o sofá e para a cama. Chego a pensar se, depois que eu tiver tudo isto, ainda vou querer uma televisão.
Mas, mesmo assim, eu sonhei com a novela. Sonhei que a mãe da Luciana dava um berro ao descobrir que a Dora estava na cama com o Marcos. Sonhei que a Luciana corria pela praia aos prantos pensando em como a vida dela estava difícil (tá bom vai, só no meu sonho mesmo para uma tetraplégica correr pela praia…). Sonhei com diversas cenas de sexo entre Dora e Marcos que, pasmem, tinha um corpo bem familiar.
Eu sempre tive sonhos criativos. Meu namorado diz que meu sonhos são super-produções. Além de terem histórias malucas e complexas, há ainda a riqueza de detalhes e as cenas impecáveis. Há sonhos dos quais me lembro há muito tempo. Foram como novelas que assisti um dia, e das quais nunca me esqueci. A diferença é que das novelas eu me esqueço.
Se eu já estava questionando a necessidade de ter uma televisão antes disto, agora me pergunto ainda mais. Além de ter esquecido de fato prá que ela serve (pela internet eu acompanho as notícias, pelos meus sonhos eu acompanho – ou invento – a novela, Lost eu baixo pela internet e, o que mais passa mesmo?), ainda fiquei assustada com o poder de influência dela em minha vida. Normal sonhar com a novela quando você a assiste diversas vezes por semana. Mas quando uma novela que eu não assisto e não gosto rouba o espaço reservado para as minhas próprias histórias, aquelas que invento baseada na minha própria vivência, e não na vivência da Aline Moraes ou do José Wilker, sinto que algo está errado. Uma influência que, para mim, passou do limite e invadiu um dos últimos espaços onde ninguém conseguia anunciar. Aviso aos publicitários: Eu juro que se colocarem merchandising no meu próximo sonho eu vou cobrar. E caro.
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Há coisas que só a vida de quem mora sozinha faz por você. Exemplo? Acordar às 6h da manhã (ou melhor, às 5h, já que o horário de verão acabou de acabar), ligar o computador e escrever um texto pro blog, sem ninguém te perguntar o que foi, o que está escrevendo, porque já acordou, se não vai dormir mais etc etc… Ver o dia amanhecer da varanda e o céu de São Paulo passar de vermelho para azul também não foi nada mau. Para o meu dia ficar perfeito só faltava descobrir que o wireless do vizinho funciona perfeitamente aqui…
sexta-feira, fevereiro 12, 2010
Mar de livros
quarta-feira, fevereiro 10, 2010
Perda
Nascer é azul e rosa bebê. Tem bexigas, flores, presentes e chocolates.
Morrer é cinza. É tabu. Nele, ou não se fala, ou se inventa. A gente crê que seja céu, que seja azul. Mas falar, pensar, esperar, ah, isto ninguém quer.
Quantas pessoas já passaram pela sua vida? Por que não ficam? Mortas no mesmo mundo, viraram sombras daquilo que foram. Deixaram marcas.
De quantas pessoas, que nem sabem meu nome, que nunca se lembrarão de mim, eu ainda me lembro?
Ficaria feliz se, ao menos uma, de quem eu não me lembre, em mim pensasse agora.
Este texto me faz lembrar Luísa. Minha melhor amiga de infância. Talvez tenha durado meses, poderiam ter sido dias. Mas ali, naquele círculo amarelo, onde esperávamos a professora nos buscar, eu acreditei que seria prá sempre. Hoje vejo que de fato é. Luisa foi uma das primeras a passar, a ir embora. Tantas outras vieram. Triste pensar que quem está aqui hoje, amanhã não mais estará.
De fato, o vazio dói. A ausência machuca. O incompleto faz lembrar quem foi, e temer pelo dia em que você também irá.
terça-feira, janeiro 26, 2010
Morando sozinha
"Então é isso aí! Com tudo pronto, agora é só curtir a vida sozinho! Dormir no sofá, andar pelado pela casa, tomar leite direto da caixa, sair e não ter hora pra chegar... Mas e a louça na pia, a comida acabando, o lixo acumulando, a roupa suja se amontoando, a poeira fazendo rolinhos e andando pela casa...? É, camarada, a vida solo é dura! Devia ter pensado nisso antes de botar as patinhas pra fora de casa!"
Terra boa
quarta-feira, janeiro 20, 2010
Quanto de nós cabe nesta rotina?
Tire algo de mim, e te direi quem sou.
Tire tudo de mim, e te direi o tamanho do meu vazio.
Não me preencha com esta rotina, me deixe com meu vão.
Rotina vã.
Hoje li sobre um casal que vive sem geladeira e sem televisão. Eles moram afastados da cidade. Não compram nada supérfluo.
Qual o tamanho do vazio deles? Com que preenchem?