segunda-feira, setembro 04, 2006

Ser é ser sozinho

E no fim, quem é bom e quem é mal?
Eu tendo a acreditar que todo mundo é bom na essência e, se fez mal para alguém, não foi por querer. A razão de saber perdoar está ai, está em acreditar que se esse alguém soubesse o mal que estava te causando, e tivesse os recursos para medir isso, não o faria. Não te magoaria.

Amar aos outros como a si mesmo só é possível quando se ama a si mesmo realmente, mas sem o egoísmo, e sim com a consciência de ser único e, ai sim, aprender a amar a diferença no outro.

Uma das fases mais relevantes da vida é quando a gente percebe que não deve ter pena de ninguém. Mas, às vezes, quando ninguém tem dó da gente, é ai que começamos a sentir dó de verdade dos outros. Parece que a gente se torna responsável pelos outros, a gente aprende a cuidar de si e acha que tem que cuidar dos outros também. Mas ai a gente lembra que, se encontrou forças dentro de nós mesmos, dentro dos outros deve haver força também, e torce para que os outros saibam encontrá-las.

A gente torce pelo dia em que vai se sentir mais leve, mas ao mesmo tempo se sente mais leve só de saber que, mesmo que quiséssemos, não poderíamos ajudar, assim como um dia não fomos ajudados e só por isso nos tornamos quem somos. Este é o resumo de tudo. A essência do existir. De existir integralmente, sem muletas, sem sem carregado no colo pelo resto da vida.

Ser é ser sozinho.

Um comentário:

Ce disse...

Lindo Bel :)