quarta-feira, dezembro 12, 2012

Antes que o mundo acabe

Um novo ano
Um novo tempo
Uma nova oportunidade de fazermos mais do que nos faz bem
E menos do que não nos acrescenta em nada
Um momento oportuno para agradecermos por tudo de maravilhoso que aconteceu
E deixarmos para trás o mal que já passou
Erga agora as mãos para o céu e agradeça pelo que não saiu como o planejado
E por tudo aquilo que, inesperadamente, chegou à sua vida mostrando o que há de bom, o que há de belo, o que há de válido, neste plano e nos outros.
Obrigada, Senhor! Feliz 2013.

segunda-feira, dezembro 10, 2012

Plenitude

Todo mundo tem uma história para contar
Um amor para lamentar

Uma dor para ainda chorar
Todo mundo tem um medo para sentir
Uma ferida para curtir
Um amor para esquecer
Todo mundo tem uma sombra que persegue

Uma conquista que não chega
Um desejo que não é completo
Todo mundo tem num vazio impreenchível

Um sentimento inexplicável
Uma vontade de ser mais
Plenitude que não chega
A felicidade inesperada.

segunda-feira, dezembro 03, 2012

É gostoso passar do "queria não me importar" para o "simplesmente não dou a mínima".
Mas deve ser melhor ainda passsar do "simplesmente não dou a mínima" para o "me importo muito, e isso é bom"... :-)

segunda-feira, novembro 26, 2012

Por que é tão difícil a gente fazer o que sabe que faz bem prá gente?

segunda-feira, novembro 19, 2012

O mal do século

Basta ligar a televisão, acessar a internet ou dar uma passada em uma livraria para encontrarmos algum conteúdo relacionado à depressão e/ ou à ansiedade.
Até pouco tempo atrás, não conseguia relacionar uma coisa a outra.
Via a depressão com a característica do ser apático, de quem não tem paixão ou vontade pela vida, e se entrega ao não viver.
Já a ansiedade, para mim, estava associada ao excesso de vontade, à empolgação excessiva, à vontade de estar à frente do tempo, de ir além antes da hora.
Foi a duras penas que aprendi que ambos sentimentos, características ou doenças, dependendo da definição ou do nível, estão sim relacionados.
Ansiedade e depressão são presentes na vida de quem não quer se adequar forçosamente à realidade. Uma não aceitação constante do que se é e do que se tem, e uma necessidade crescente de controle, vontade e eventual certeza de se ter super-poderes em tempos de incerteza constante.
Há algumas semanas, eu ria com uma amiga do provérbio que diz que se um problema não tem solução não se deve preocupar com ele e, se tem solução, tampouco, já que ela virá, à revelia de nossa vontade.
As semanas se passaram e, não sem resitência, passei a aceitar que, de fato, os problemas existem e existirão, mas que as soluções não estão em nossas mãos ainda que pretensiosamente acreditemos que sim.
Não fica difícil concluir que a felicidade é a entrega ao momento, sem pretensões para o futuro, ainda que sonhemos, planejemos, desejemos... A vida feliz é a vida com menos prepotência e mais entrega, com mais olhos fechados e menos planilhas, com mais amor.
Um aceitação profunda do que se é e do que se tem, sem passar pelo conformismo, mas com a certeza de que dias melhores e piores virão, e não será porque queremos ou algo fizemos, mas sim porque a vida assim o faz por nós.

segunda-feira, outubro 08, 2012

Sempre esteve ali

Redescobrindo funcionalidades que eu nem lembrava mais que existiam. No Notes e na vida... kkk

quinta-feira, outubro 04, 2012

Novos desafios

Depois de sacudir a Pollyana, chegou a hora de reanimar a workaholic que vive dentro de mim...

quinta-feira, setembro 27, 2012

quarta-feira, setembro 26, 2012

A vida é boa

Um dia você acorda e percebe que sua casa está fofa.
Que aquilo que você já achava que nunca mais iria acontecer aconteceu.
Que tudo o que parecia insolúvel começa a solucionar por si só.
Que o que doía muito hoje já não dói tanto
Passe de mágica, varinha de condão, calma... não importa.
É, a vida é boa...

quarta-feira, setembro 19, 2012

A arte de desvalorizar o que não se sabe, também conhecida como ignorância...

terça-feira, setembro 18, 2012

Se eu tivesse que escolher uma palavra para estampar a parede da minha sala, essa palavra seria: INSPIRAÇÃO.

segunda-feira, setembro 03, 2012

Lembrete

Existe o mundo ideal e o mundo em que a gente vive. Bom lembrar disso.

?

É divertido tomar consciência das nossas limitações. 
Aprender a lidar com o incerto é um exercício totalmente novo. Pode ser agradável em algum momento, mas por hora me é angustiante e fonte de ansiedade, náusea, tremedeira e por aí vai. 
Se ao menos eu estivesse certa de que o melhor caminho é o não planejado, mas nem esta segurança a vida nos dá...

O que será que será...

“O tempo é uma criança jogando dados”, Heráclito

quinta-feira, agosto 09, 2012

Integridade

in.te.gri.da.de
sf (lat integritate) 1 Qualidade do que é íntegro. 2 Inteireza moral, retidão, honestidade. 3 Imparcialidade. 4 Inocência. 5 Virgindade.

sexta-feira, julho 27, 2012

Vai na fé...

Não sabe, pergunte para quem sabe.
Não consegue revolver sozinho, peça ajuda. 
Tá ruim assim? Faça algo para melhorar.
Quer chorar, chore, quer descansar, descanse, quer dormir, durma. 
E, quando acordar, abra a janela e veja o dia, a noite, a vida linda que lhe espera lá fora.
E entenda que só haverá algo lindo lá fora se você despertar para o algo lindo que vive dentro de você, em sua mente e seu coração.

quinta-feira, julho 26, 2012

"Eu aprendi que, além do espírito dessa época, ainda está em ação outro espírito, isto é, aquele que governa a profundeza de todo o presente. O espírito dessa época gostaria de ouvir sobre lucros e valor. Também eu pensava assim e meu humano ainda pensa assim. Mas aquele outro espírito me força a falar apesar disso para além da justificação, de lucros e de sentido.
Cheio de vaidade humana e cego pelo ousado espírito dessa época, procurei por muito tempo manter afastado de mim aquele outro espírito. Mas não me dei conta de que o espírito da profundeza possui, desde sempre e pelo futuro afora, maior poder do que o espírito dessa época que muda com as gerações. O espírito da profundeza submeteu toda vaidade e todo orgulho à força do juízo. Ele tirou de mim a fé na ciência, ele me roubou a alegria da explicação e do ordenamento, e fez com que se extinguisse em mim a dedicação aos ideais dessa época. Forçou-me a descer às coisas mais simples e que estão em último lugar.

O espírito da profundeza tomou minha razão e todos os meus conhecimentos e os colocou a serviço do inexplicável e do absurdo. Ele me roubou fala e escrita sobre tudo que não estivesse a serviço disto, isto é, da interfusão de sentido e absurdo, que produz o sentido supremo.
 
Mas o sentido supremo é o trilho, o caminho e a ponte para o porvir. É o Deus que vem - não é o próprio Deus, mas sua imagem que se manifesta no sentido supremo. Deus é uma imagem, e aqueles que o adoram devem adorá-lo na imagem do sentido supremo.
(C.G. Jung)

terça-feira, julho 24, 2012

Mão única

Não sei se tudo tem um porquê, mas sei que tudo serve para alguma coisa. Pensando que o que não me mata me fortalece, sigo meu caminho...

segunda-feira, julho 16, 2012

sexta-feira, junho 22, 2012

Por inteiro

Bem melhor vivenciar a mudança de fora prá dentro. Ela levará mais tempo e dará muito mais trabalho, mas ao menos será consistente e verdadeira, como tudo o que gosto nesta vida...

quarta-feira, junho 13, 2012

Em meio ao caos

A gente fica se perguntando quando foi que as coisas saíram do trilho, se é que um dia elas estiveram no trilho...


segunda-feira, junho 11, 2012

Isso é a vida real

Daí a gente descobre que não tem, nunca teve, nem nunca terá super poderes.
A gente se sente pequenina, frágil, triste e culpada, ao mesmo tempo em que torce prá que a sorte, desta vez, esteja ao nosso lado. E a gente promete que, depois dessa, nunca mais irá pedir nada a ela, nem a Ele.

terça-feira, junho 05, 2012

Para a gente levar a vida a gente não pode se levar tão a sério.
Mas para ser levado a sério pelos outros a gente tem que se colocar de uma forma nem tão bem-humorada.

sexta-feira, junho 01, 2012

Não fritarás

Aquele momento em que você desiste de entender o mundo, as pessoas e o sentido da vida e decide apenas viver. Sem mais.

terça-feira, maio 29, 2012

A Teoria do Fluxo e/ou O Ponto de Mutação

Gráfico ilustrativo da Teoria do Fluxo

Eu sempre tive uma sensação que me incomodava. A sensação de não entrar 100% nas coisas.

Era como se nada, ou quase nada, fosse bom o suficiente para que eu me dedicasse integralmente a isto. Era como se eu tivesse sempre esperando por algo ou alguém que merecesse minha atenção total.

Como este algo ou alguém nunca chegavam, eu vivia planando sobre as coisas. Era como se eu sempre molhasse a pontinha do pé, mas nunca enfiasse o pé todo na água, na jaca, onde quer que fosse.

Já faz um tempo que venho pensando sobre a importância de se entregar totalmente às coisas. Como não se sabe se este algo ou este alguém merecedor de atenção integral um dia vai chegar, talvez o melhor seja se garantir e mergulhar de cabeça no que temos hoje. A vida é agora e o momento de viver por inteiro é agora também. Este momento vai passar, as pessoas vão passar, este emprego tavez passe e a gente não quer olhar prá tras e dizer: Ah, se eu tivesse feito! Ah, se eu tivesse aproveitado!

Acho que as viagens são bons exemplos de momentos que aproveitamos integralmente. Quando viajamos fica nítida a sensação de oportunidade única. A gente nunca sabe se haverá uma próxima vez de pegar um avião e ir para um lugar distante. E, mesmo que haja, há tantos outros lugares a serem conhecidos que a gente pensa mesmo em aproveitar aquele em que estamos ao máximo possível.

Foi em meio a estes pensamentos que li um texto do Flavio Gikovate chamado “Um Roteiro para a Felicidade”. O texto é ótimo, daqueles que a gente sente que poderia ter escrito, tamanha a identificação. Nele há o seguinte parágrafo:

“Pessoas mais corajosas são mais livres e vivem mais o presente. São mais capazes de se envolver completamente nas suas atividades atuais, dedicando a elas plena atenção, condição na qual a vida flui (‘flow’), sendo este estado de plena concentração um dos importantes ingredientes da felicidade. Corresponde, até certo ponto, ao estado de meditação proposto pelo budismo”.

Daí fui eu atrás do tal “flow” no Google. E descobri que se trata de uma teoria de psicologia criada pelo americano Mihaly Csikszentmihalyi, em que ele diz que a chave para a felicidade está em dedicar-se 100% à atividade que se conduz no momento. Para ele, a realização, que precede a felicidade, é alcançada quando colocamos toda a nossa energia em algo que estamos fazendo, seja um trabalho, um esporte ou a leitura de um livro, por exemplo. Nos envolvemos tanto com uma tarefa que a execução dela em si torna-se prazerosa e gratificante. Bem, levando isto em consideração, torna-se desnecessário procurar aquele algo ou alguém que mereça nossa atenção. O segredo está em oferecer nossa atenção às atividades diárias e extrair daí satisfação para seguir em frente. É como se tirássemos dos afazeres diários a energia que nos levará adiante. Geramos, com tudo o que fazemos, o combustível que  nos move. 

A teoria lembra conceitos de meditação presentes no budismo e na yoga, em que estar entregue ao momento gera grande satisfação.

E me lembra também do livro “A Felicidade Desesperadamente” que aborda, justamente, a idéia de que a felicidade não é algo que chegará um dia, mas sim algo que se vive todos os dias.

Ser “por inteiro” sempre foi uma meta, daí o nome do blog. Acho que venho conseguindo certo êxito em ser “por inteiro” no que diz respeito a sentimentos e sinceridade, mas ainda há um bom caminho a ser percorrido quando se trata de entrega a tudo o que faço. Interessante ver que tudo converge para o mesmo ponto.

É claro que há pessoas evoluídas que já sabem disto há muito tempo, ou que vivem integralmente desde sempre. Já eu precisei de um pouco de teoria prá me incentivar a mudar as minhas práticas diárias.

quarta-feira, maio 23, 2012

A atitude vem da segurança e da transparência de opinião, que por sua vez derivam da firmeza de caráter. Isso resume tudo e é isso que eu quero nas pessoas à minha volta...

sexta-feira, maio 18, 2012

Estamos sempre buscando reconhecimento no olhar do outro.
Se não somos vistos, nós mesmos não percebemos nossas qualidades.
Se não somos valorizados, nos sentimos inferiorizados e desmotivados.
Mas é preciso entender que o olhar do outro é apenas o olhar do outro.
Nós somos o que fazemos, o que acreditamos e o temos por dentro. Isto ninguém rouba, ninguém tira e não há olhar capaz de anular...

segunda-feira, maio 07, 2012

O céu deixa de ser o limite quando descobrimos o prazer de estarmos hoje, aqui, com os pés no chão...

segunda-feira, abril 30, 2012

quinta-feira, abril 26, 2012

Lei do marketing (pessoal)

Se não pode ser o primeiro em uma categoria já existente, crie uma categoria nova em que possa ser o primeiro. Enquanto as empresas aplicam por aí a famosa lei do marketing, a gente segue tentando encontrar a "nossa" categoria...

terça-feira, abril 24, 2012

Acho que minhas crises existenciais só servem para me tirar do lugar-comum, do comodismo e me colocar de volta no trilho, também conhecido como caminho do meio. Ao que tudo indica não nasci para radicalismos...

segunda-feira, abril 23, 2012

Às vezes eu me sinto uma versão falsificada/ chinesa, cópia barata de outras pessoas que encontro por aí. Às vezes me sinto uma colcha de retalhos de inspirações, intencionalmente ou não transformadas em moldes ou modelos a serem seguidos...

sexta-feira, abril 20, 2012

Esta noite sonhei que uma pessoa me perguntava se eu era tímida ou muda.
Eu respondi que era tímida, mas acordei pensando que já está mais do que na hora de aumentar o tom da minha voz.

quinta-feira, abril 19, 2012

Concluindo

Acho que entendi tudo agora.
O querer ser diferente passa, também, por uma arrogância e pretenção de ser melhor, de ser superior ou de, no mínimo, ser diferente mesmo.
Eu já tinha passado desta fase, já tinha entendido que mesmo parecendo igual a gente sempre no fundo é diferente. Logo não é necessário tentar mostrar ou comprovar isto para ninguém.
Daí, quando você diz que está feliz com sua vida "normal", corporativa, padrão para alguém de 30 anos, tem sempre alguém (e este alguém muitas vezes é você mesmo) que te olha e questiona: "Mas e aí, não vai reclamar? Essa vida é suficiente prá vc"?
E se for? E se esta vida for suficiente porque dentro dela cabem tantas outras coisas, tantas outras vidas?
Pior do que ter uma vida "normal" é viver uma vida "normal" fingindo ou bradando querer algo diferente, só para que pensem que você não é "mais um".
A mim basta saber que não sou mais uma.

segunda-feira, abril 16, 2012

A morte da solidão

“Este livro pertence aos homens mais raros. Talvez nenhum deles sequer esteja vivo.”
F. Nietzsche

Enquanto os olhos corriam pelas letras, o pensamento voava longe. Avoada, procurava buscá-lo onde estivesse e fixá-lo ali, sobre o papel. Antes estivesse dentro das folhas, por entre as fibras. Queria ancorá-lo, fixá-lo em local de sua escolha. Queria livrar-se das idéias recorrentes, dos desejos provocadores, dos sonhos que sonhava acordada.
O livro, que deveria ser seu porto seguro, tornava-se então seu cruel espelho. Quanto mais buscava mergulhar em suas linhas, mas ele mostrava que ali não era o seu lugar.
A personagem, tão leve, parecia provocá-la diretamente. Tanta serenidade, bondade, amigos por todos os lados. Família perfeita, corpo bonito, inteligente e acima de tudo humilde. Para ela, a personagem, não existia a palavra frustração. Os sonhos não realizados eram nada mais que desafios, desafios que encarava com a mesma leveza com que sorria para tudo e todos.
“Apenas ficção”, pensava ela, a leitora. Faltava-lhe um tanto de calma, outro tanto de paciência. Não admitia ser invejosa, mas de fato não se conformava com aquilo que considerava como injustiças. E ainda que a rival fosse apenas uma personagem, quisera ela ser protagonista de sua própria história, quisera ela ser digna de estampar as páginas de um livro qualquer.
Naquela noite não dormiu. Sonhou com o mar. Mergulhou fundo e de fato sentiu-se imersa em azul. Mas o fôlego lhe faltou. Um pesadelo horrível. Acordou aos prantos e não soube com quem contar.
Um copo d’água, um chá, e muitas zapeadas depois, recorreu ao velho amigo, morada de sua opositora. Com um tanto de rancor, de fato, mas sozinha não podia ficar. E ao rever a personagem, sentiu que ao menos uma companhia para ela havia. E que não seria julgada e nem se esconderia. E que por mais difícil que fosse, conhecê-la estava lhe ajudando a se conhecer um pouco mais também.
Se pudesse optar, não o leria, mas o impulso era maior, irresistível. Algo fazia com que acreditasse que o livro era sim destinado a ela. Ainda que, mais do que nunca, se sentisse diferente de tudo e todos, pela primeira vez acreditava que algo havia sido destinado a ela. A ela que, após um mergulho tão fundo, deixava, finalmente, morrer um pouco da solidão dentro de si e entregava-se a seu único amigo.

Um passo além

Ultimamente tenho me pego várias vezes pensando em como precisamos entrar de cabeça em algo, viver aquilo intensamente, para podermos, um dia, dar um passo além.
Corremos sempre o risco de pensar que aquilo em que estamos mergulhados é o nosso "tudo", é o nosso mundo. Mas basta colocar a cabeça um pouquinho para fora para lembrarmos do tamanho do horizonte que nos espera, louco para que nos joguemos de cabeça em novos mundos, em novos "tudos".

quinta-feira, abril 05, 2012

Sobre a renovação dos sonhos

Daí um dia você percebe que cresceu. Bem, na verdade faz tempo que você cresceu. Digamos então que, um dia, você se lembra de ter crescido. Isto acontece vez ou outra e te faz pensar no que “crescer” significa.
Crescer significa ver que alguns dos seus sonhos foram realizados. E você pode, finalmente, ter novos sonhos. Crescer é ganhar o direito de escolher novos sonhos. Talvez esta seja uma das grandes responsabilidades da vida adulta. Escolher sonhos é algo muito importante.
Mas, se eu pude escolher meus sonhos aos 7, 12, 16 anos, porque não poderia escolher aos 30?
Poder, a gente pode. Mas antes tínhamos o benefício da ignorância. Sonhos eram apenas sonhos, desejos, vontades vindas não se sabe de onde e movidas por pura inspiração e aspiração, sem o objetivo de serem alcançados.
Aos 7 anos sonhos não são metas.
Aos 30 eles compõem sua lista de “to do’s”, de atividades diárias. O ítem “escrever um livro” está anotado logo abaixo do ítem “declarar imposto de renda” ou “pendurar quadros na parede”. Na verdade, você pode se considerar feliz se ao menos ainda tiver ítens como “escrever um livro” em sua lista de “to do’s”.
Talvez você já tenha removido todos os sonhos da sua lista e deixado que ela se transformasse em uma grande lista de atividades burocráticas. Talvez você se dê por feliz simplesmente por conseguir cumprir com boa parte destas atividades burocráticas.
Você fica feliz comendo um chocolate importado que só agora passou a ser vendido no Brasil depois do almoço, tomando um solzinho gostoso na rua em frente à empresa em que trabalha. Mas logo passa a se sentir mal por ter virado uma pessoa que trabalha em uma empresa, e que compra docinhos na venda da esquina, exatamente como tantas outras fazem na hora do almoço. Você se tornou igual a tantas outras pessoas. Logo você, que queria tanto ser diferente.
Daí você se questiona se os sonhos sonhados até então foram os corretos. Se as escolhas feitas por você antes de ter crescido foram as escolhas corretas. Você certamente vai achar que não, que parte delas foi incorreta e você sentirá vontade de voltar no tempo e fazer escolhas diferentes. Mas então você vai pensar que só sabe que estas escolhas não foram corretas porque chegou aqui, no seu futuro, e só agora, podendo olhar para trás, pode fazer uma avaliação correta sobre decisões tomadas tão precocemente.
E você decide, então, parar de escolher seus sonhos. Você decide tentar fechar os olhos e simplesmente querer algo, como fazia aos 7 anos, sem porquê nem lógica.
Pois de metas nossa vida “adulta” já está cheia. O que precisamos é de sonhos.
O que precisamos é da capacidade de sonhar.
E de renovar nossos sonhos sempre que necessário. Ou sempre que tivermos vontade.
Feliz Páscoa.

quinta-feira, março 22, 2012

quarta-feira, março 21, 2012

De hoje em diante...

Cansei de ser subestimada. Cansei de me subestimar, com atitudes e sonhos desproporcionais a mim...

terça-feira, março 20, 2012

Tobogã

Até os 20 e poucos anos, sempre ouvi que parecia mais velha do que eu era.
Hoje, sempre ouço que pareço mais nova do que sou.
De fato, me sinto jovem. Talvez até mais jovem do que me sentia na adolescência, ou aos 20 e poucos anos.
Amadureci cedo, fui criança "adulta", e jovem adulta responsável.
Foi também cedo que "desamadureci".
Desci rodopiando pela espiral da maturidade, passei a achar graça no que antes não enxergava, passei a viver o que antes não me importava.
Baixei a bola, chorei um tanto para poder rir muito depois.
Rir de verdade, rir gostoso.
Às vezes sinto meus pés ensaiando um passo escada acima, querendo subir um degrauzinho na escala da seriedade adulta, sinto algo em mim querendo ser gente grande.
Deixo meus pés e minha mente irem para onde quiserem, quando quiserem, de preferência devargazinho, sem pressa, pois há uma vida inteira para se escalar este monte de informação, de conhecimento e, principalmente, de experiência.

quarta-feira, fevereiro 29, 2012

De escudo a esponja

Já cheguei a dizer que meu defeito era ser egoísta. Defini como "egoísmo" o desinteresse pelo outro. Desinteresse esse que passava pelo não dar atenção, pelo não ouvir, pelo não querer saber.
Era como se não houvesse espaço para o que não fosse útil, mas também para o que não fosse agradável.
Hoje me sinto mais interessada. Parece que, em mim, cabe o mundo. Não importa se útil ou não, muitas vezes me cabe até o desagradável.
Deixei de ser escudo e passei a ser esponja, ansiosa por saber, por conhecer, por ouvir e interagir, mesmo que seja só hoje, mesmo que não me sirva de nada.

quinta-feira, fevereiro 16, 2012

Feliz ano novo!!

Impressionante o tempo e a energia que literalmente desperdiçamos com coisas e pessoas que não valem nem um pouco, mas nem um pouco a pena mesmo. Por um ano novo sem desperdício!!!

quarta-feira, fevereiro 08, 2012

Se me vejo em ti

Eu nunca entendi este pânico que as pessoas têm de tudo o que é diferente delas.
Eu sempre adorei o diferente.
Sempre senti interesse, curiosidade, vontade de me aproximar e uma pontinha de inveja.
Eu acho que esta alquimia entre personalidades, gostos, opiniões e preferências é que faz a mágica da vida.
Pena tão poucas pessoas perceberem isto.
Se me vejo em ti, também te ajudo a ser por inteiro...

segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Prá me ver sorrir

Música boa
Dança
Forró
Abraços, dos mais apertados
Livro bom
Sol no ombro
Sorriso sincero
Risada
Gargalhada
Trabalho
Descanso pós-trabalho...

quarta-feira, fevereiro 01, 2012

Daqui a pouco não vai mais ter música

Estes dias estava numa festa, quando começou a tocar um tipo de música que gosto de dançar.
Minha amiga disse para eu ir dançar, e eu respondi: "Daqui a pouco eu danço".
Foi então que ela respondeu: "Daqui a pouco não vai mais ter música prá dançar".
Eu queria lembrar disso todos os dias. Lembrar que, daqui a pouco, não vai mais ter música prá dançar. Daqui a pouco não vai mais ter sol prá gente se bronzear, daqui a pouco não vai mais ter chuva prá gente dançar embaixo dela. Daqui a pouco não vai mais ter lama prá gente enfiar o pé e se sujar inteira, daqui a pouco não vai mais ter nossa sobremesa favorita.
Mas, sabe, daqui a pouco vai ter outra música. E a gente pode até gostar bem mais de dançar ao som dela...

terça-feira, janeiro 31, 2012

As lições que eles nos oferecem

Não costumo escrever posts comentando notícias ou fatos concretos, mas achei que este valia uma exceção. 
Há poucos dias comentava com umas amigas que, se eu soubesse aos 20 anos um pouco do que sei hoje, teria sofrido muito menos nesta vida. E que, quando finalmente aprendemos alguma coisa, não temos mais tempo ou oportunidade de aproveitar.
No dia seguinte me deparei com o Legacy Project, que enxerguei como um presente. Tudo o que eu demoraria anos para aprender embrulhado em forma de depoimentos e vídeos. O projeto reúne entrevistas com pessoas na casa dos 70 anos, que responderam à pergunta: “Quais as lições mais importantes que você aprendeu ao longo de sua vida?”
E como presente não se recusa, olhei atentamente para os principais conhecimentos compartilhados por estas pessoas tão experientes, e espero poder aproveitá-los de agora em diante. Alguns deles estão abaixo:

Sobre a durabilidade das relações amorosas
: "Muitas pessoas jovens hoje desistem muito cedo, muito rapidamente".
Sobre a vida profissional: "Se você estiver empacado em um emprego que não te agrada, tente fazer o melhor disto até que você possa mudar".
Sobre o envelhecimento: "Cada década, cada idade, tem oportunidades que não existiam em outras épocas".
Sobre arrependendimentos: "Seja sempre honesto", é o conselho dos mais velhos para evitar remorsos.
Sobre a felicidade: Ser feliz é uma escolha, e a vida é muito curta para ser desperdiçada com pessimismo, tédio e desilusão.
O vídeo abaixo é extremamente simples, mas acho que resume bem tudo o que é dito acima.
"Why can't whe just like each other"?

segunda-feira, janeiro 30, 2012

É um sopro do criador...

E hoje acordei pensando que a melhor vida do mundo é a minha. E como ela é uma gota, é um tempo que nem dá um segundo, decidi agradecer e aproveitar... hoje!!!

sexta-feira, janeiro 27, 2012

Tudo se transforma

Lembrar de sentimentos que já não existem mais também é bastante triste. A gente fica lembrando daquela pessoa, do quanto ela foi importante para nós, e se pergunta onde aquilo tudo foi parar. Para onde vão os sentimentos quando “acabam”? No que se transformam? 


quinta-feira, janeiro 26, 2012

Em se plantando...

O mais triste sobre os sentimentos é que, às vezes, passamos tempos desejando que eles brotem em nossos corações. Porém, quando isto acontece, passamos a desejar com toda força que possamos arrancá-los, matá-los, ou ao menos que o tempo passe rápido para que eles possam se desfazer naturalmente. Se ao menos
soubéssemos fazer bom uso deste terreno fértil...

segunda-feira, janeiro 23, 2012

"Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente"...

sexta-feira, janeiro 20, 2012

“Não sei se  a vida é curta ou longa demais pra nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
colo que  acolhe
braço que envolve
palavra que conforta
silêncio que respeita
alegria que contagia
lágrima que corre
olhar que acaricia
desejo que sacia
amor que promove.

E isso não é coisa  do outro mundo, é o que dá sentido à vida.

É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura… enquanto durar". (Cora Coralina)

quinta-feira, janeiro 19, 2012

Bagagem

Impressionante como tudo o que ouvimos é processado com base nas nossas referências e vivências anteriores. Bom lembrar disso na hora de se comunicar com alguém...

terça-feira, janeiro 17, 2012

Beleza que brilha...

Defeitos e qualidades todo mundo tem.
Não há defeitos maiores ou menores, mas sim aqueles que vão ou não de encontro com o que é primordial para nós.
Independentemente disto, o encantamento não está ligado à lista de qualidades que buscamos. Procurar um amor não é fazer compras em um supermercado. Nunca sabemos quem, quando, como e porque irá nos encantar, e isto é o mais delicioso, mágico e também assustador quando se trata de sentimentos...

quinta-feira, janeiro 05, 2012

Sem alternativa

Se ser quem somos é o que nos resta, entremos, pois, de cabeça nesta aventura...