quinta-feira, abril 19, 2012

Concluindo

Acho que entendi tudo agora.
O querer ser diferente passa, também, por uma arrogância e pretenção de ser melhor, de ser superior ou de, no mínimo, ser diferente mesmo.
Eu já tinha passado desta fase, já tinha entendido que mesmo parecendo igual a gente sempre no fundo é diferente. Logo não é necessário tentar mostrar ou comprovar isto para ninguém.
Daí, quando você diz que está feliz com sua vida "normal", corporativa, padrão para alguém de 30 anos, tem sempre alguém (e este alguém muitas vezes é você mesmo) que te olha e questiona: "Mas e aí, não vai reclamar? Essa vida é suficiente prá vc"?
E se for? E se esta vida for suficiente porque dentro dela cabem tantas outras coisas, tantas outras vidas?
Pior do que ter uma vida "normal" é viver uma vida "normal" fingindo ou bradando querer algo diferente, só para que pensem que você não é "mais um".
A mim basta saber que não sou mais uma.

Um comentário:

Milena disse...

É isso q eu penso. Arrogancia. Sabe como o filme "Foi apenas um sonho" (Revolucionary Road). Todo mundo quer ser o cara q vai inventar o proximo Google ou ganhar o Nobel da Paz, mas a grande maioria, vai ter só uma vida normal, bem parecia com a do vizinho (não quer dizer q vai ser mais ou menos).
Ser feliz com a vida normal pode ser plenitude. Pq se só 1 pessoa por ano recebe o Nobel da Paz, outros 7 bilhões de pessoas do mundo serão frustrados. Então, vale mais cair na real e viver sem essa frustração.
Mas tb pode ser uma amargura minha. Uma falta de sonho, uma falta de coragem, uma preguiça de sair do sofá ou do escritório q paga minhas contas para mudar o mundo.