segunda-feira, março 18, 2013

Carta para elas



Elas, que foram, um dia, minhas meninas.

Elas que foram tão grandes, tão doces, tão minhas.

Onde estão? Onde vão? Por que me deixam?

Desde aquele dia em que se foram, sou mais eu.

Sou mais só, mais inteira.

Sou, mas.

Onde estão? Onde vão?

Tão vãs.

Já não mais doces, tão amargas.

Tão sós em sua completude uniforme, tão pequenas.

Já vão tarde.

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