quinta-feira, dezembro 15, 2011

Sonhos


E hoje eu lembrei que há muito tempo não sonho. Há muito não acordo tendo vivido histórias complexas, ricas em detalhes, coloridas e assustadoras. Meu sonhos, que sempre foram super-produções, deram lugar a noites de insônia ou de sono profundo. Antes eu acordava interessada em entender o que eles queriam me dizer. Hoje eu deito pedindo a Deus que apenas me deixe dormir uma noite inteira, que me faça esquecer de tudo por cerca de 8 horas para que eu possa ter um dia também inteiro na sequência. Hoje eu tenho noites em claro pensando em coisas que fogem de minhas mãos, coisas pequenas e grandes, dores da vida adulta que eu por sorte não conhecia até então. Acho que estas dores, estas coisas pequenas e grandes, nos aproximam da realidade e nos afastam de nós, daquele “nós” profundo com o qual apenas encontramos nos sonhos. Eu acho que sem os sonhos, os nossos nós não se desfazem. Gosto dos sonhos que sonho acordada, mas sinto falta dos gostos que só sentia quando mergulhava em mim mesma sem medo de me perder.

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