quarta-feira, fevereiro 08, 2006

A confusão das épocas

O tempo passa rápido. A vida, todos sabem, acaba. E, como é de conhecimento público, a solução é viver cada momento intensamente, pois eles são passageiros.

Mas, e quando a vida passa tão rápido que já não se sabe em que época está? Às vezes, pessoas bem resolvidas, normais até, encontram-se perdidas em fases para as quais não encontram classificação. E, quem não teve crise de adolescência, acaba vivendo outras crises quando menos esperava ter que passar por isso.

A confusão aumenta quando se leva em conta o troca-troca que existe hoje em dia. Os jovens querem ser adultos. Não existem mais meninas de 13, 14 anos, e sim mulherões sexys e cheias de pose. Basta dar uma espiada em álbuns no Orkut para ver que não se diferencia mais uma adolescente de uma adulta. E isto não é novidade.

Mulheres adultas também estão em extinção. Aos 40 anos, todas querem ser “tias gatinhas”: saradas, calça jeans apertada, chapinha no cabelo e... prontas para irem à balada junto com as filhas de 14.

Ao mesmo tempo que se exige maturidade dos jovens, se impõe comportamentos descontraídos aos adultos, fazendo com que a adolescência dure muito mais.

E o que fazer quando se chega aos 25? Ser jovem e descontraída ou encarnar a jovem executiva bem sucedida? Usar a roupa da moda para adolescentes crescidinhas, ou assumir que a idade adulta chegou e se tornar uma pessoa séria e respeitável? A resposta é só uma, porém a mais difícil possível: seja todas, e seja você. Pratique diariamente o exercício da mudança, mas não perca sua personalidade. Fácil, né?

2 comentários:

Anônimo disse...

Sindrome de Peter Pan, é dificil assumir que cresceu e aceitar as responsabilidades de uma vida adulta, mas só assim pra amadurecer, complicado.
25 é igual a 24 e igual a 26, a idade não importa, mas sim a cabeça e como vc lida com os momentos da vida, num da pra ter 19 anos pro resto da vida.
Adorei o texto!

Anônimo disse...

belíssimo texto, bel!!!! e entendo muito bem o que vc diz, afinal de contas eu tb me encaixo na questão. E sigo a risca a resposta, a alternativa que encontro é de se reinventar sempre e acreditar que as mais diversas personagens podem estar em um corpo, e vivendo pacificamente.
Agora, mais ridículo do que adolescente adulta é quarentona infantilizada!!!!
beijo grande e amei,
patrícia