Estamos na época da ausência de regras, ausência de limites, vivemos na anarquia pessoal. Aprendemos que podemos comprar nossa felicidade e ela vem em forma de pequenas cápsulas coloridas, em forma de roupas e de tudo o mais que se possa adquirir com dinheiro, e somente com ele.
Vivemos preenchendo nosso vazio existencial mas agora podemos fazê-lo das mais variadas maneiras. A religião cedeu espaço ao nada, a família cedeu espaço ao nada, as responsabilidades não são mais cabíveis e os limites não nos servem mais.
As perguntas continuam sem respostas, mas agora são mais perguntas e menos possibilidade de pensar. Quando se celebra o vazio e se ri do sério, parece que para as dúvidas só resta a possibilidade da negação.
2 comentários:
Sinto um leve e tedioso espirito de niilismo vindo por ai...
Depois de tomada toda a futilidade vem a sensação do vazio e a necessidade de se pensar sobre como as capsulas não preencham nada na verdade.
Olá, bel!!!! O assunto para mim é um pouco omplexo porque como existencialista q sou, sempre busco os porquês das regras, da ordem, na reflexão e a busca racional destas regras e no quê elas implicam ... não concordo com este pensamento da anarquia pessoal, porque acredito na anarquia como um sistema sem regras, e esta ausência de regras se dá justamente por conta de seus cidadãos conscientes (todos sabem quais são seus deveres e direitos como cidadãos e sobre o respeito aos símiles.)
Não, o que temos hoje é o desinteresse por esta consciência, pois é muito fácil passar a vez para o próximo, para os pais, para o FMI, para o Estado...
Sendo otimista, acho q passamos por um momento de ausência de valores, pois a filosofia e sociologia trabalhou a quebra das genealogias e daqui há algum tempo, tvz as pessoas pensem nas necessidades primeiras e nos seus direitos e deveres conscientemente. Por enquanto, não estamos neste caminho e é muito triste ver este descontrole do ser humano em todas as mais variadas áreas.
beijo grande, e espero te ver no sábado!!!
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