quinta-feira, julho 27, 2006

Liberdade prá dentro da cabeça

A gente passa boa parte da vida procurando ocupações... preenchendo nosso tempo com coisas que justifiquem e dêem sentido à nossa existência.
Mas, é muitas vezes no intervalo entre uma ocupação e outra, entre uma coisa séria e útil e outra, que a gente se reconhece vivendo o que temos de melhor. Porque o melhor da vida é descobrir um prazer incrível em uma música velha perdida no computador, e dançar enlouquecidamente consigo mesma, e ver o próprio sorriso se abrir e ter a certeza de que nada nem ninguém pode entender completamente este momento, mas que isso não importa, já que nada nem ninguém pode entender exatamente o que existe dentro do nosso peito e de nossa cabeça, e que às vezes precisamos deste tempo para poder, sem querer, sem planejar, cair dentro de nós mesmos e mergulhar sozinhos no mais incrível vazio de explicações e limites, mas numa imensidão do maior significado que pode existir.
E saber que quem tem isso tem tudo, e que todas as atitudes, baladas, corpos, futuros, cabem neste universo particular invisível aos outros, mas totalmente e absolutamente completo e auto-sustentável.
Às vezes o que a gente precisa é simplesmente fechar a porta de casa, fechar as portas que permitem que outras pessoas invadam nossa vida, ligar o som bem alto para apagar o som do mundo exterior e abrir a mente, os ouvidos, o coração para o mundo que existe dentro de nós, e que é só nosso, e tão incrivelmente nosso, e entender que tudo faz sentido e nenhuma falsa felicidade mais é necessária quando se existe esta possibilidade tão mágica.

Um comentário:

Anônimo disse...

clap clap clap
parfait!