sábado, julho 22, 2006

We try harder

Eu, ás vezes, sinto vontade de ser uma pessoa melhor.
Não exatamente um outra pessoa melhor, mas sim o meu melhor.
Não é uma questão de competitividade, não é aquele “mais que o possível” pregado pelas empresas aos seus funcionários.
É um melhor que deve vir de dentro, uma excelência de caráter, que trancenda o espiritual e se reflita nos meus olhos, na minha pele, na minha pessoa inteira.
Eu às vezes sinto que poderia ser tão mais, e que em alguns momentos fui tão, mas tão menos do que poderia ter sido, que isto me trás um misto de insegurança, culpa e raiva.
Insegurança porque dá medo de não conseguir ser tão “legal” quanto se pode ser, tão gentil, tão interessante, tão bonita e admirável.
Culpa por ter vivido situações desagradáveis e proporcionado tristeza a outras pessoas.
Raiva por ter passado por momentos ruins, por ter sido o meu pior em alguns momentos.
O Nick Hornby tem um livro chamado “How to be nice”, que discute algo mais ou menos assim: como ser legal? o que é ser legal, enfim?
Talvez ser legal seja ser do jeito que a gente se sinta bem consigo mesmo. Mas, será que dá pra se sentir bem consigo mesmo se os outros se sentirem mal com a gente? Por que às vezes a gente tem que fazer os outros se sentirem mal para poder a gente mesmo se sentir bem?

Será que todo mundo vai ser feliz no final? O quão longe fica o final? O que será que dá pra gente fazer para que os outros também se sintam bem, e aí gente se sinta ainda melhor por ter feito os outros se sentirem bem? Por que algumas pessoas são mais queridas do que outras simplesmente porque são? Será que o caráter bonito é mesmo inato? Como faz pra nascer de novo com um caráter lindo?

Um comentário:

Anônimo disse...

Se vc for sincero consigo mesmo, ficar feliz com vc, sem precisar da opinião dos outros, vai fazer os outros feliz tb, claro que alguns podem não gostar, mas a liberdade tem seu preço...e namaior parte das vezes vale a pena pagar. ;)
Assuma seus limites